Nesse quesito, o estado é seguido pelo Amazonas, cujo risco relativo de morte de negras em relação às mulheres brancas é de 6,97. Esse risco relativo é a variável que considera as diferenças de mortalidade entre brancos e negros. Em terceiro lugar, está a Paraíba, onde a chance de uma jovem negra ser assassinada é 5,65 vezes maior do que a de uma jovem branca. Em quarto lugar vem o Distrito Federal, com risco relativo de 4,72.
Nos estados de Alagoas e Roraima não foi possível calcular a razão entre as duas taxas por não ter sido registrado nenhum homicídio de mulher branca nessa faixa etária em 2015. As taxas de mortalidade entre jovens negras nesses estados, no entanto, foram altas: 10,7 e 9,5 mortes por 100 mil habitantes, respectivamente.
O IVJ 2017 traz dados de 2015 e foi elaborado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), pela Secretaria Nacional de Juventude da Presidência da República e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Entre os homens, as chances de um jovem negro morrer, em relação a um branco, é 6,9 vezes maior no RN, que ficou em quarto no ranking nacional. O estado ficou atrás apenas de Alagoas (12,7), Amapá (11,9) e Paraíba (8,9). A média nacional é 2,7. A diferença é menor nos estados do Sul e Sudeste.
O índice agrega dados como frequência escolar, escolaridade, inserção no mercado de trabalho e taxas de mortalidade por homicídios e por acidentes de trânsito. Nesse quesito de desigualdade racial, o estado obteve índice 0,394 - num valor que vai de 0 a 1. Assim, o estado é o único do Nordeste com média vulnerabilidade. Todos os outros estão com alta vulnerabilidade.
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